Alfredo derrotado. Fiz a minha parte.Postada por Ronaldo Tiradentes em 3 de outubro de 2010 (17:59)
Uma pessoa foi responsável direta pela derrota de Alfredo. Ele próprio. Esnobou o eleitor, enganou, mistificou, tentou se esconder sob a popularidade de Lula. Errou ao achar que poderia mentir para todos o tempo todo. E errou mais ainda ao apostar que não haveria no Amazonas ninguém com coragem para enfrentá-lo de peito aberto, sem medo e de cara limpa, frente a frente, arriscando o próprio patrimônio e credibilidade em nome da decência e da verdade.
Eu o enfrentei, Alfredo, ao microfone da rádio CBN Manaus, para mostrar que a opinião pública amazonense não é mais aquela, que se curvava aos poderosos e dizia “sim senhor” ao primeiro figurão que batia o pé e bradava ameaças, como você bradou contra nós.
Você tugiu, mugiu, rosnou, esperneou, ameaçou, apostou tudo na arrogância e empáfia, usou todo o seu poder… e perdeu.
O meu papel foi secundário na derrota de Alfredo. A mim coube apenas desnudar o maior farsante da história política do Amazonas. Ele ficou nú. Eu tirei a roupa e a máscara dele.
Cumpri meu papel de cidadão e jornalista. Alertei a sociedade sobre a fraude permanente que ele praticava.
Ao invés de aceitar as críticas que fiz a ele na condição de homem público, sujeito a cobranças de compromissos firmados com o eleitor, Alfredo levou o assunto para o campo pessoal e passou para o revide carregado de ódio e truculência.
Convivi uma época com Alfredo. Conheço bem a peça. Homem raso e de pouca cultura, mas profundamente perigoso. Revanchista e perseguidor.
Presenteado por Amazonino com os maiores cargos do Estado, Alfredo cravou um punhal nas costas do criador na primeira oportunidade que teve. Com Eduardo Braga, ganhou força e condição para se tornar prefeito de Manaus. Com o mesmo punhal, atravessou o peito de Braga.
Se necessário for, para alcançar um objetivo no futuro, cravará o punhal de estimação em Lula. Disso eu não tenho dúvida.
Vejam o que ele fez com Omar nesta última eleição. Distribuiu panfletos, pichou muros, ocupou redes de rádio e TV, em horário nobre, tudo para atacar a honra do amigo de quase 30 anos e ex-parceiro na Prefeitura de Manaus. No apagar das luzes, Alfredo fez uma canalhice com o adversário Omar Aziz. Tentou vender como “bomba”, uma investigação concluída e que inocentou o acusado. Foi um traque. Um fiasco. Uma barrigada monumental.
A relação de Alfredo com parceiros políticos não nos interessa e só a relembramos porque revela a personalidade, o caráter deste homem, cujas soberba e vaidade não cabem dentro de um corpo só.
Alfredo não mede consequências para atingir objetivos. É dissimulado.
Como jornalista, insisti que Alfredo usasse seu poderoso cargo de ministro dos Transportes para realizar o sonho dos amazonenses, a prometida reabertura da BR-319 e a recuperação da BR-174, parte dos compromissos assumidos com o eleitor em 2006.
Fiz várias cobranças. Paguei um preço caro. Ganhei um inimigo poderoso, que usa dos golpes mais baixos para destruir quem ousa enfrentá-lo. Alfredo é um triturador de honras e reputações. Um covarde que usa as armas mais sórdidas. Segue à risca a frase: “Antes de matar o inimigo, primeiro é preciso desonrá-lo”
Alfredo preferiu perseguir a mim e a minha família do que usar seu prestigio para beneficiar o Estado que o acolheu, transformando-o de um simples cabo da Aeronautica em senador e ministro. Alfredo jogou sujo comigo. Foi impiedoso, implacável. Enquanto isso deixava um rabo enorme de promessas não cumpridas, que, na hora certa, acabaram se voltando contra ele.
Quanto mais eu cobrava as promessas feitas no rádio e na TV, mais Alfredo tentou me atingir.
Tentou fechar nossas rádios e cassar, na marra e no grito, nossa concessão de TV. Usou de sua influencia para atingir os negócios de minha família. Mentiu criminosamente. E vai pagar na justiça pelos seus atos, tanto na área cível como criminal.
Uma licitação, honestamente vencida pela Rádio Tiradentes para um canal de TV em Manaus, quase nos foi tomada na marra. Na administração federal, Alfredo praticou tráfico de influencia e advocacia administrativa para nos tomar a televisão e transferi-la ilegalmente para outro grupo empresarial. Tudo por debaixo dos panos.
Descobri um documento secreto (já encaminhado formalmente ao Procurador Geral da República) que ele enviou para um colega ministro, do qual tenho cópia, onde nos acusa de usar documentos falsos em concorrência pública. Fui obrigado a levar minha mãe, uma honrada mulher de 72 anos, administradora de nossas empresas, para fazer perícias na Polícia Federal, a qual confirmou a autenticidade dos documentos que Alfredo dizia serem falsos. A verdade sempre prevalece sobre a mentira. O perito Ricardo Molina também desmentiu, tecnicamente, o poderoso lobista Alfredo Nascimento, confirmando o que já havia sido comprovado pela Polícia Federal.
Mesmo provando a autenticidade dos documentos, nosso processo permanecia paralisado no Ministério das Comunicações. Encorajei-me e, conduzido pelo senador Flexa Ribeiro (PA), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, fui falar com o então ministro Hélio Costa, para solicitar o andamento do processo.
Fui praticamente insultado pelo ministro, que também acaba de ser derrotado na eleição de governador de Minas Gerais. Com a cabeça feita por pelo mesquinho Alfredo, Hélio Costa me disse taxativamente que o processo de nossa TV só teria andamento se eu pedisse desculpas públicas e passasse a promover Alfredo em nossas rádios.
Com uma arrogância inexplicável, Hélio Costa ameaçou deixar o processo mofar nos escaninhos do Ministério das Comunicações, caso eu não atendesse a determinação.
Com o direito do meu lado e a coragem que Deus me deu, disse umas poucas e boas para o então Ministro das Comunicações e, em seguida, dei-lhe as costas. Alfredo espalhou na cidade inteira que eu fui expulso do gabinete ministerial. Claro que era mais uma mentira dele. Simultaneamente, o boquirroto alardeava entre políticos e prefeitos que enquanto ele fosse senador e ministro, eu não teria o canal de TV.
Fui à justiça enfrentar o poder de Alfredo Nascimento. Impetramos um mandado de segurança perante o Superior Tribunal de Justiça. Diante de tantas evidências do tráfico de influência e do abuso de poder que se praticava, a ilustre Ministra Eliana Calmon determinou o prazo máximo de 30 dias para que o ministro das Comunicações resolvesse o assunto e encaminhasse o processo para receber a sanção do presidente da República. A decisão teve votação unânime na 1ª Seção do STJ, com placar de 10 para a Rádio Tiradentes e 0 para Alfredo.
Em junho deste ano, o decreto presidencial foi publicado no Diário Oficial, contra a vontade de Alfredo.
No início deste ano, antes de começar a campanha eleitoral, Alfredo surfava na popularidade acima de 60%. Estava praticamente eleito governador. Eu, solitariamente, insistia na minha pregação e nas cobranças, enquanto o restante da mídia silenciava. Vez por outra, eu recebia um recado, através de emissários fidedignos: “Alfredo mandou dizer que o primeiro ato dele como governador será mandar prender você”.
Recebi os recados ameaçadores, mas não me intimidei, nem me curvei ao rei.
Alfredo, não esqueçamos, é adepto da frase: “Antes de matar o inimigo é preciso desonrá-lo”.
Movido por esta máxima, ele comprou com seu dinheiro, de origem suspeita, um advogado que está sendo procurado pela Policia Federal, Receita Federal, Policia Civil e pela Justiça. O dito advogado é réu em vários processos e tem bens bloqueados pela justiça. Usando o advogado estelionatário, além de tentar destruir nossas empresas, Alfredo tentou destruir a minha honra. Combinado com seu colega de senado e de partido Magno Malta, levou meu nome para à CPI da Pedofilia, forjando uma falsa denúncia. O golpe sujo, baixo, típico de pessoas mesquinhas, também não colou.
Este é o Alfredo. O homem que usa o aparelho estatal para perseguir adversários e quem ele considera inimigo. Este é o Alfredo que acaba de ser derrotado. Imaginem ele eleito governador, comandando uma tropa de quase 10 mil homens na Polícia Militar? O que ele seria capaz de fazer?
Outro fato mostra bem a personalidade de Alfredo. Na véspera do Natal passado, o então governador Eduardo Braga reuniu o secretariado para avaliação do governo e fazer o congraçamento. Entre os secretários estava Evilázio Nascimento, o irmão de Alfredo. Um colega de secretariado virou-se para Evilázio e perguntou por Alfredo, ao que ele respondeu. “Alfredo está só esperando a hora de assumir o governo para fu… esse Ronaldo Tiradentes”.
Em junho do ano passado, Alfredo, o filho milionário Gustavo e mais uma capanga – um oficial da Polícia Militar pago com nosso dinheiro –, agrediu a mim, minha mulher e ao colega Marcos Santos, no aeroporto Eduardo Gomes. Não satisfeito, chamou a Polícia Federal para devassar o carro da Rádio Tiradentes, em manifesto abuso de poder.
Alfredo teve muito tempo para trabalhar pelo povo do Amazonas. Mas preferiu usá-lo para praticar o esporte preferido dele, a retaliação, a perseguição.
Do alto da soberba e arrogância, acha que as demais pessoas do povo fazem parte de uma subraça. Alfredo não gosta de pobre. Quem não se lembra na campanha de Prefeito em 96, quando uma pobre mulher, da Colônia Antonio Aleixo, denunciou na TV o fato de Alfredo lavar as mãos com alcool, trocar uma camisa e tocar fogo nela, depois de visitar a colônia de ex-hansenianos.
No aeroporto de Brasília, deu carteirada e chamou a Polícia Federal para expulsar do avião um deficiente físico quando este ousou sentar na poltrona a ele reservada, como se fosse um rei. O deficiente se acomodou na cadeira em razão da dificuldade de locomoção. Com uma carteirada, Alfredo mostrou para os passageiros que estavam no avião quem mandava no pedaço.
Nesta campanha política que agora chega ao final, Alfredo colheu o que plantou como político. Ficou só. Dos 61 prefeitos do interior, teve o apoio de apenas um. Dos 24 deputados estaduais, teve um apenas. De 37 vereadores em Manaus, teve apoio discreto de 2. Dos 8 federais, ficou com dois, um dos quais foi à justiça pedir a prisão e o bloqueio dos bens dele. O outro, falou mal dele até a véspera de eleição.
O grupo político de Alfredo, como dizia Gilberto Mestrinho, cabe todinho dentro de uma kombi.
Alfredo esnobou a classe política. Achou que o presidente Lula fosse resolver a parada. Na hora das alianças, fez o que pode, até se humilhou, para tentar emplacar a história do palanque único.
Alfredo sai desta eleição com uma rejeição de mais de 40%, a maior de todos os tempos. Rejeição que ele construiu e nós, aqui na CBN, apenas realçamos.
O rei Alfredo está derrotado. Está no chão. Nós estamos de pé. A história se repetiu. Davi voltou a vencer o gigante Golias.
Mas Alfredo ainda tem 4 anos de mandato como senador e muitas promessas a cumprir.
Daqui por diante, Alfredo, pense mais no povo e menos em mim. Entenda o sentido pedagógico da derrota. Tire os ensinamentos e corrija seu rumo. Você não é o suprassumo da inteligência e o super-homem poderoso que tanto faz questão de alardear. Use o poder, que ainda tem, para fazer o bem aos que, inocentemente, o elegeram senador.
Agora o Amazonas inteiro já te conhece e sabe do que você é capaz.
De nossa parte, mandamos o recado. Estamos prontos a reagir às suas provocações com a força da indignação e a coragem que, esperamos, você já aprendeu a respeitar. Não ouse pagar para ver do que somos capazes.
A Rede de Rádio e Televisão Tiradentes luta, dia e noite, honradamente, pela sobrevivência, colhendo crescimento e tornando-se cada vez mais uma arma do povo contra tipos assim.
Cuidado, Alfredo, hoje você começa a viver o fim de sua carreira. Não brinque.
O seu mandato, Alfredo, termina. O nosso não.
Matéria disponível em Blog do Ronaldo Tiradentes - http://www.cbnmanaus.com.br/ronaldotiradentes
Link direto da matéria: http://www.cbnmanaus.com.br/ronaldotiradentes/?p=2158
Uma pessoa foi responsável direta pela derrota de Alfredo. Ele próprio. Esnobou o eleitor, enganou, mistificou, tentou se esconder sob a popularidade de Lula. Errou ao achar que poderia mentir para todos o tempo todo. E errou mais ainda ao apostar que não haveria no Amazonas ninguém com coragem para enfrentá-lo de peito aberto, sem medo e de cara limpa, frente a frente, arriscando o próprio patrimônio e credibilidade em nome da decência e da verdade.
Eu o enfrentei, Alfredo, ao microfone da rádio CBN Manaus, para mostrar que a opinião pública amazonense não é mais aquela, que se curvava aos poderosos e dizia “sim senhor” ao primeiro figurão que batia o pé e bradava ameaças, como você bradou contra nós.
Você tugiu, mugiu, rosnou, esperneou, ameaçou, apostou tudo na arrogância e empáfia, usou todo o seu poder… e perdeu.
O meu papel foi secundário na derrota de Alfredo. A mim coube apenas desnudar o maior farsante da história política do Amazonas. Ele ficou nú. Eu tirei a roupa e a máscara dele.
Cumpri meu papel de cidadão e jornalista. Alertei a sociedade sobre a fraude permanente que ele praticava.
Ao invés de aceitar as críticas que fiz a ele na condição de homem público, sujeito a cobranças de compromissos firmados com o eleitor, Alfredo levou o assunto para o campo pessoal e passou para o revide carregado de ódio e truculência.
Convivi uma época com Alfredo. Conheço bem a peça. Homem raso e de pouca cultura, mas profundamente perigoso. Revanchista e perseguidor.
Presenteado por Amazonino com os maiores cargos do Estado, Alfredo cravou um punhal nas costas do criador na primeira oportunidade que teve. Com Eduardo Braga, ganhou força e condição para se tornar prefeito de Manaus. Com o mesmo punhal, atravessou o peito de Braga.
Se necessário for, para alcançar um objetivo no futuro, cravará o punhal de estimação em Lula. Disso eu não tenho dúvida.
Vejam o que ele fez com Omar nesta última eleição. Distribuiu panfletos, pichou muros, ocupou redes de rádio e TV, em horário nobre, tudo para atacar a honra do amigo de quase 30 anos e ex-parceiro na Prefeitura de Manaus. No apagar das luzes, Alfredo fez uma canalhice com o adversário Omar Aziz. Tentou vender como “bomba”, uma investigação concluída e que inocentou o acusado. Foi um traque. Um fiasco. Uma barrigada monumental.
A relação de Alfredo com parceiros políticos não nos interessa e só a relembramos porque revela a personalidade, o caráter deste homem, cujas soberba e vaidade não cabem dentro de um corpo só.
Alfredo não mede consequências para atingir objetivos. É dissimulado.
Como jornalista, insisti que Alfredo usasse seu poderoso cargo de ministro dos Transportes para realizar o sonho dos amazonenses, a prometida reabertura da BR-319 e a recuperação da BR-174, parte dos compromissos assumidos com o eleitor em 2006.
Fiz várias cobranças. Paguei um preço caro. Ganhei um inimigo poderoso, que usa dos golpes mais baixos para destruir quem ousa enfrentá-lo. Alfredo é um triturador de honras e reputações. Um covarde que usa as armas mais sórdidas. Segue à risca a frase: “Antes de matar o inimigo, primeiro é preciso desonrá-lo”
Alfredo preferiu perseguir a mim e a minha família do que usar seu prestigio para beneficiar o Estado que o acolheu, transformando-o de um simples cabo da Aeronautica em senador e ministro. Alfredo jogou sujo comigo. Foi impiedoso, implacável. Enquanto isso deixava um rabo enorme de promessas não cumpridas, que, na hora certa, acabaram se voltando contra ele.
Quanto mais eu cobrava as promessas feitas no rádio e na TV, mais Alfredo tentou me atingir.
Tentou fechar nossas rádios e cassar, na marra e no grito, nossa concessão de TV. Usou de sua influencia para atingir os negócios de minha família. Mentiu criminosamente. E vai pagar na justiça pelos seus atos, tanto na área cível como criminal.
Uma licitação, honestamente vencida pela Rádio Tiradentes para um canal de TV em Manaus, quase nos foi tomada na marra. Na administração federal, Alfredo praticou tráfico de influencia e advocacia administrativa para nos tomar a televisão e transferi-la ilegalmente para outro grupo empresarial. Tudo por debaixo dos panos.
Descobri um documento secreto (já encaminhado formalmente ao Procurador Geral da República) que ele enviou para um colega ministro, do qual tenho cópia, onde nos acusa de usar documentos falsos em concorrência pública. Fui obrigado a levar minha mãe, uma honrada mulher de 72 anos, administradora de nossas empresas, para fazer perícias na Polícia Federal, a qual confirmou a autenticidade dos documentos que Alfredo dizia serem falsos. A verdade sempre prevalece sobre a mentira. O perito Ricardo Molina também desmentiu, tecnicamente, o poderoso lobista Alfredo Nascimento, confirmando o que já havia sido comprovado pela Polícia Federal.
Mesmo provando a autenticidade dos documentos, nosso processo permanecia paralisado no Ministério das Comunicações. Encorajei-me e, conduzido pelo senador Flexa Ribeiro (PA), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, fui falar com o então ministro Hélio Costa, para solicitar o andamento do processo.
Fui praticamente insultado pelo ministro, que também acaba de ser derrotado na eleição de governador de Minas Gerais. Com a cabeça feita por pelo mesquinho Alfredo, Hélio Costa me disse taxativamente que o processo de nossa TV só teria andamento se eu pedisse desculpas públicas e passasse a promover Alfredo em nossas rádios.
Com uma arrogância inexplicável, Hélio Costa ameaçou deixar o processo mofar nos escaninhos do Ministério das Comunicações, caso eu não atendesse a determinação.
Com o direito do meu lado e a coragem que Deus me deu, disse umas poucas e boas para o então Ministro das Comunicações e, em seguida, dei-lhe as costas. Alfredo espalhou na cidade inteira que eu fui expulso do gabinete ministerial. Claro que era mais uma mentira dele. Simultaneamente, o boquirroto alardeava entre políticos e prefeitos que enquanto ele fosse senador e ministro, eu não teria o canal de TV.
Fui à justiça enfrentar o poder de Alfredo Nascimento. Impetramos um mandado de segurança perante o Superior Tribunal de Justiça. Diante de tantas evidências do tráfico de influência e do abuso de poder que se praticava, a ilustre Ministra Eliana Calmon determinou o prazo máximo de 30 dias para que o ministro das Comunicações resolvesse o assunto e encaminhasse o processo para receber a sanção do presidente da República. A decisão teve votação unânime na 1ª Seção do STJ, com placar de 10 para a Rádio Tiradentes e 0 para Alfredo.
Em junho deste ano, o decreto presidencial foi publicado no Diário Oficial, contra a vontade de Alfredo.
No início deste ano, antes de começar a campanha eleitoral, Alfredo surfava na popularidade acima de 60%. Estava praticamente eleito governador. Eu, solitariamente, insistia na minha pregação e nas cobranças, enquanto o restante da mídia silenciava. Vez por outra, eu recebia um recado, através de emissários fidedignos: “Alfredo mandou dizer que o primeiro ato dele como governador será mandar prender você”.
Recebi os recados ameaçadores, mas não me intimidei, nem me curvei ao rei.
Alfredo, não esqueçamos, é adepto da frase: “Antes de matar o inimigo é preciso desonrá-lo”.
Movido por esta máxima, ele comprou com seu dinheiro, de origem suspeita, um advogado que está sendo procurado pela Policia Federal, Receita Federal, Policia Civil e pela Justiça. O dito advogado é réu em vários processos e tem bens bloqueados pela justiça. Usando o advogado estelionatário, além de tentar destruir nossas empresas, Alfredo tentou destruir a minha honra. Combinado com seu colega de senado e de partido Magno Malta, levou meu nome para à CPI da Pedofilia, forjando uma falsa denúncia. O golpe sujo, baixo, típico de pessoas mesquinhas, também não colou.
Este é o Alfredo. O homem que usa o aparelho estatal para perseguir adversários e quem ele considera inimigo. Este é o Alfredo que acaba de ser derrotado. Imaginem ele eleito governador, comandando uma tropa de quase 10 mil homens na Polícia Militar? O que ele seria capaz de fazer?
Outro fato mostra bem a personalidade de Alfredo. Na véspera do Natal passado, o então governador Eduardo Braga reuniu o secretariado para avaliação do governo e fazer o congraçamento. Entre os secretários estava Evilázio Nascimento, o irmão de Alfredo. Um colega de secretariado virou-se para Evilázio e perguntou por Alfredo, ao que ele respondeu. “Alfredo está só esperando a hora de assumir o governo para fu… esse Ronaldo Tiradentes”.
Em junho do ano passado, Alfredo, o filho milionário Gustavo e mais uma capanga – um oficial da Polícia Militar pago com nosso dinheiro –, agrediu a mim, minha mulher e ao colega Marcos Santos, no aeroporto Eduardo Gomes. Não satisfeito, chamou a Polícia Federal para devassar o carro da Rádio Tiradentes, em manifesto abuso de poder.
Alfredo teve muito tempo para trabalhar pelo povo do Amazonas. Mas preferiu usá-lo para praticar o esporte preferido dele, a retaliação, a perseguição.
Do alto da soberba e arrogância, acha que as demais pessoas do povo fazem parte de uma subraça. Alfredo não gosta de pobre. Quem não se lembra na campanha de Prefeito em 96, quando uma pobre mulher, da Colônia Antonio Aleixo, denunciou na TV o fato de Alfredo lavar as mãos com alcool, trocar uma camisa e tocar fogo nela, depois de visitar a colônia de ex-hansenianos.
No aeroporto de Brasília, deu carteirada e chamou a Polícia Federal para expulsar do avião um deficiente físico quando este ousou sentar na poltrona a ele reservada, como se fosse um rei. O deficiente se acomodou na cadeira em razão da dificuldade de locomoção. Com uma carteirada, Alfredo mostrou para os passageiros que estavam no avião quem mandava no pedaço.
Nesta campanha política que agora chega ao final, Alfredo colheu o que plantou como político. Ficou só. Dos 61 prefeitos do interior, teve o apoio de apenas um. Dos 24 deputados estaduais, teve um apenas. De 37 vereadores em Manaus, teve apoio discreto de 2. Dos 8 federais, ficou com dois, um dos quais foi à justiça pedir a prisão e o bloqueio dos bens dele. O outro, falou mal dele até a véspera de eleição.
O grupo político de Alfredo, como dizia Gilberto Mestrinho, cabe todinho dentro de uma kombi.
Alfredo esnobou a classe política. Achou que o presidente Lula fosse resolver a parada. Na hora das alianças, fez o que pode, até se humilhou, para tentar emplacar a história do palanque único.
Alfredo sai desta eleição com uma rejeição de mais de 40%, a maior de todos os tempos. Rejeição que ele construiu e nós, aqui na CBN, apenas realçamos.
O rei Alfredo está derrotado. Está no chão. Nós estamos de pé. A história se repetiu. Davi voltou a vencer o gigante Golias.
Mas Alfredo ainda tem 4 anos de mandato como senador e muitas promessas a cumprir.
Daqui por diante, Alfredo, pense mais no povo e menos em mim. Entenda o sentido pedagógico da derrota. Tire os ensinamentos e corrija seu rumo. Você não é o suprassumo da inteligência e o super-homem poderoso que tanto faz questão de alardear. Use o poder, que ainda tem, para fazer o bem aos que, inocentemente, o elegeram senador.
Agora o Amazonas inteiro já te conhece e sabe do que você é capaz.
De nossa parte, mandamos o recado. Estamos prontos a reagir às suas provocações com a força da indignação e a coragem que, esperamos, você já aprendeu a respeitar. Não ouse pagar para ver do que somos capazes.
A Rede de Rádio e Televisão Tiradentes luta, dia e noite, honradamente, pela sobrevivência, colhendo crescimento e tornando-se cada vez mais uma arma do povo contra tipos assim.
Cuidado, Alfredo, hoje você começa a viver o fim de sua carreira. Não brinque.
O seu mandato, Alfredo, termina. O nosso não.
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